17/08/2020
O processo de envelhecimento vem acompanhado pelo declínio das capacidades funcionais, o que, entretanto, não basta para que seja encarado como uma fase negativa.1 Ao contrário, deve ser considerado como um processo natural e dinâmico, o qual pode ser repleto de mudanças e oportunidades, onde a longevidade passa a ser, sem dúvida, um triunfo.
O crescimento da população idosa vem acontecendo de forma progressiva e acentuada no Brasil e no mundo.2 Tal aumento se deu devido aos avanços ocorridos na saúde, onde a participação dos cuidadores formais e informais, faz toda a diferença no impacto da qualidade de vida; ouvindo, orientando, auxiliando, e fazendo parte do dia-a-dia dos idosos.
O conceito de saúde para este grupo populacional não pode se basear somente no parâmetro de completo bem-estar físico, psíquico e social preconizado pela Organização Mundial de Saúde, mas vai além, levando em conta a promoção da saúde, o empoderamento e, inclusive, o paradigma da capacidade funcional.1,2
Desse modo, à qualidade de vida para os idosos, pode ser concebida como uma representação social com parâmetros objetivos - satisfação das necessidades básicas e criadas pelo grau de desenvolvimento econômico e social da sociedade - e subjetivos - bem-estar, felicidade, amor, prazer, realização pessoal. Vale destacar que, dentro desse contexto, as políticas públicas voltadas para os idosos são essenciais, de forma que sejam elaboradas não só de forma teórica e abstrata, mas concretas e efetivas.2,3
Os idosos são parte integrante e ativa da sociedade e como estrutura etária dinâmica no processo de construção social, estão aos poucos redefinindo seu papel. Através da visão a respeito do que é a velhice e como vivenciar o processo do envelhecer, os idosos mostram à sociedade que a velhice não está associada só a perdas e incapacidades, mas a uma grande atividade na reconstrução de um imaginário que positive a velhice e não estereotipe o “velho”.2 Na velhice são evidentes algumas limitações, mas não a ponto de incapacitar o idoso para a vida, afinal o “viver” não se relaciona unicamente ao quanto se vive, mas como se vive.
Redação: Profª Drª Jaqueline Lopes D. Escola Profissionalizante EuroAnglo, 2020.
Referências:
1 - Ribeiro, A.P.; et al. The influence of falls on the quality of life of the aged. Ciência & Saúde Coletiva, 2006.
2 - Da Silva Jardim, V.C.F; et al. A view on the aging process: elderly’s perception of old age. Revista brasileira de geriatria e gerontolologia, 2006.
3 - Ministério da Saúde. Cadernos de Atenção Básica, nº 19. Envelhecimento e Saúde da Pessoa Idosa, 2006.
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A qualidade de vida é possível dentro do contexto do envelhecimento