10/04/2020

A caminho da cura do HIV

O vírus das Imunodeficiência Humana (HIV) é o causador da Aids, este vírus danifica o sistema imunológico do indivíduo, alterando o DNA da célula e fazendo cópias de si mesmo. O vírus se liga e penetra no interior dos linfócitos TCD4+ (que por sua vez identificam e atacam agentes estranhos) enfraquecendo o sistema de defesa e perdendo a capacidade de responder contra os agentes externos, tornando-se mais vulnerável a qualquer tipo de doença, por mais simples que seja.

Além disso o retrovírus pode permanecer anos no organismo de uma pessoa sem desencadear sintomas. De acordo com a pesquisa realizada pelo programa Unaids, cerca de 9,4 milhões de pessoas detinham o vírus e não sabiam, com isso foi promovido o acesso urgente ao tratamento, pois não sabendo da infecção o risco de contaminação para outras pessoas aumenta.

No Brasil, segundo o ministério da saúde, cerca de 866 mil pessoas vivem com o HIV e boa parte delas não sabem. Até 2010 não existia nenhum relato de cura para a infecção, apenas tratamentos com remédios que auxiliam na redução da progressão da doença.

Porém em 2011 ocorreu o primeiro relato de cura, um americano, Timothy Ary Brown mais conhecido como “Paciente de Berlim", possuía leucemia além do HIV, e foi realizado então um transplante de medula óssea, entretanto a medula do doador tinha uma rara mutação genética em um receptor de célula chamado de CCR-5 Delta 32, ao qual o indivíduo não produz uma proteína necessária para o vírus infectar as células. Após ter realizado o procedimento o mesmo estava curado.

Recentemente, no ano de 2019, um homem conhecido como “Paciente de Londres" portador do vírus HIV desde 2003, também foi curado após ser submetido a um transplante de células tronco. Adam Castillejo foi diagnosticado com um câncer- Linfoma de Hodgkin- e após a cirurgia e um período de tratamento antirretroviral foi constatado que o vírus estava inativo.

Embora este agente infeccioso não consiga mais ter função ativa, permaneceram em seus tecidos resquícios de DNA do HIV. Segundo os especialistas podem ser considerados como “fósseis", pois não são capazes de reproduzir o vírus novamente.

. O paciente de Londres até então não queria expor a sua identidade, mas após a cura revelou a sua identidade e se diz um “embaixador da esperança”.

De acordo com o estudo, o sucesso do resultado de ambos os casos foi em razão de tratamentos não convencionais de medula óssea, na qual as células de defesa foram destruídas com o remédio e substituídas pelas saudáveis.

A técnica usada em ambas as curas é eficiente, porém é necessário mais teste e além disso os custos são elevados e o procedimento é arriscado, portanto o tratamento não será amplamente oferecido.

 

Referências

 

Eller.G. Como funciona a técnica que permitiu a segunda cura do vírus HIV na história. Super Interessante. Disponível em < https://super.abril.com.br/saude/como-funciona-a-tecnica-que-permitiu-a-segunda-cura-do-virus-hiv-na-historia/>. Acesso em 23. Abril 2020.

 

Mandavilli. M. O paciente de Londres. Ogloobo. Disponível em < https://oglobo.globo.com/sociedade/o-paciente-de-londres-segunda-pessoa-curada-do-hiv-revela-sua-identidade-um-ano-depois-de-anuncio-24293839 > . Acesso em 23 de Abri. 2020.

 

Alunas: Sara Santiago,  Samira Madeira e    Maria Eduarda Rosso
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Orientadora: Mayara Gomes

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