22/01/2020

Cuidador de Idosos: a profissão que vem crescendo no Brasil

O aumento na expectativa de vida dos brasileiros é uma conquista que revela avanços nas pesquisas científicas, nos serviços de saúde, maior conscientização da população e cuidados básicos com a qualidade de vida.

O envelhecimento costuma trazer consigo diversos impactos à saúde. Podemos observar uma redução da mobilidade, maior risco de doenças crônicas, maior propensão a demências, perda de visão, necessidade de ficar acamado dentre outras. Os brasileiros estão envelhecendo cada vez mais e precisam de apoio no que se convencionou chamar de terceira idade. A expectativa do IBGE é que a população idosa mais do que dobre até 2050, saltando de 9,5% para 21,8% da nossa sociedade. No entanto, quanto mais se vive, maiores são as necessidades. Por isso, muitas famílias recorrem ao cuidador de idosos para auxiliar nas tarefas diárias com alguém que já ultrapassou a casa dos 70. Apesar de cada pessoa ter uma complexidade ímpar, existem casos em que é fundamental a presença do profissional, principalmente para quem sofre de doenças crônicas ou tem dificuldades para se locomover.

Diante de tais alterações surge a necessidade da presença de um profissional que cuide dos nossos idosos. Até há pouco tempo, o perfil do cuidador era basicamente de pessoas próximas ao idoso, como um parente sem prática ou conhecimento básico sobre saúde. Diante das mudanças populacionais e na própria constituição familiar, o cuidador profissional vem ganhando terreno e força nos lares, sobretudo por terem respaldo técnico e saberem atender, com responsabilidade, as demandas da pessoa idosa. Hoje inclusive existem entes da família se qualificando para se tornarem cuidadores. Segundo dados do Ministério do Trabalho divulgados no final de 2018, houve um aumento de 547% no número de cuidadores de idosos no país. Trata-se da profissão que mais cresce por aqui.

Em termos de qualificação, o profissional precisa buscar capacitação para identificar os principais sinais das doenças mais comuns entre os idosos. Assim, poderá se antecipar a ocorrências indesejadas, que podem ser evitadas

Além disso, deve ter aptidão para realizar uma avaliação do ambiente familiar a fim de eliminar possíveis riscos à segurança do idoso, bem como saber como agir caso seja preciso recorrer a primeiros socorros.

Diante disso a qualificação técnica do profissional se torna cada vez mais relevante, pois hoje os próprios idosos e familiares têm acesso a um nível crescente de informações sobre saúde e pesquisam sobre a excelência dos serviços prestados. Por isso o cuidador deve estar sempre em sintonia com o idoso e com a família, procurando estabelecer um diálogo constante, compartilhando prioridades e responsabilidades, afim de proporcionar um atendimento humanizado e efetivo, proporcionando assim uma melhor qualidade de vida para os nossos idosos.

Profª: Virgínia Moreira - Fisioterapeuta

Docente e Especialista em Fisioterapia Neurológica; Especialista em Fisioterapia do Trabalho e Ergonomia 

Euro Anglo Unidade Ribeirão Preto - SP

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