29/10/2019

Para que tanta propaganda?

No final do ano de 2013, meu pai estava convicto de que meu rosto deveria aparecer em algum outdoor da cidade. No caso, a propaganda seria pela escola. Não vou entrar no mérito do fato de eu merecer ou não estar em um outdoor. O que acontece é que eu entrei em pânico. Não queria isso de jeito em nenhum.

Nesta situação, minha mente estava maquinando mil formas de escapar da vergonha. Até que decidi falar para meu pai o seguinte: “Ah, se a escola é tão boa em qualidade, não precisa fazer propaganda, né? Ela atrai a clientela pelo ótimo serviço”.

Antes de entrar na reação propriamente dita do meu pai, acho importante destacar sua trajetória profissional. Ele é formado em administração e trabalhou com vendas por várias décadas. Já trabalhou para grandes empresas como a Garoto, Sampoerna e Dallas Alimentos, sendo inclusive gerente de vendas em algumas delas.

Pois bem, ele afirmou prontamente que marketing nunca é demais. Achei aquilo um absurdo, chegando a dizer que empresas como a Coca-Cola ou a Apple não faziam mais propagandas, pois seus clientes já estavam “garantidos”. Falei, inclusive, que muita propaganda beirava a arrogância ou o narcisismo.

Não poderia estar mais enganado. Ao adentrarmos a lógica do mercado (a qual domina muitas das relações e estruturas sociais existentes), marketing realmente nunca é demais. Vemos evidências disso em nosso cotidiano. A todo momento somos bombardeados com anúncios falados, panfletos, imagens, áudios e vídeos nos ofertando algum produto ou serviço.

Esta estratégia acaba sendo uma questão de sobrevivência das organizações. Quando deixo de ver alguma empresa deixando de anunciar produtos, começo logo a pensar: “Será que ela faliu? Será que ela foi comprada por outra empresa?”. A propósito, a Coca-Cola e a Apple fazem propaganda sim. Eu que não tinha o hábito de assistir à televisão ou acessar a internet e acabava não testemunhando este marketing se concretizando.

Antes, não conseguia compreender por que havia tanta propaganda nas camisetas de times de futebol. Ficava revoltado com o tanto de anúncios que existem nas rádios e que apareciam logo no melhor momento de meu programa favorito na TV. Não concebia o fato de uma empresa pagar 4 milhões de dólares por 30 segundos de anúncio durante a final do Super Bowl em 2013 (em 2019, este valor foi de 5,25 milhões de dólares)!

Ainda julgo certos valores um absurdo e continuo não aceitando a propaganda no outdoor por conta do incômodo de ter minha imagem exposta. Mas esta realidade existe e o marketing é uma constante em nossas vidas. Não só isso, mas esta é uma área em ascensão. O profissional que se especializar em marketing terá grandes chances de garantir um emprego.

O marketing não tem limite de ramo de atuação. Seja a empresa de bebidas, automóveis, cosméticos, serviços educacionais ou de qualquer outra área, a divulgação dos produtos e serviços é essencial para potencializar as vendas. Devo hoje um pedido de desculpas para meu pai, com quem ainda tenho muito o que aprender.

Nome: Alan de Marco Barbosa                                                    Turma: 710
Orientador(a): Laís Farinelli Menusi                                            Curso: Gestão Empresarial

Euro Anglo Unidade Ribeirão Preto/SP

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