21/12/2020
Para que possamos exercer nosso trabalho de forma adequada, precisamos ter segurança no ambiente de trabalho. Quando tratamos de segurança do trabalhador em hospitais, laboratórios e farmácias, estamos nos referindo à biossegurança. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), a biossegurança é definida como: “condição de segurança alcançada por um conjunto de ações destinadas a prevenir, controlar, reduzir ou eliminar riscos inerentes às atividades que possam comprometer a saúde humana, animal e o meio ambiente”. De forma mais clara, os profissionais de saúde e os membros da CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes) devem tomar algumas atitudes para evitar que acidentes aconteçam.
As medidas de biossegurança começam com a estrutura física do local. O mais adequado é que os locais de trabalho tenham conforto na qualidade do ar, na temperatura, na acústica e na luminosidade. Além disso, as bancadas e os materiais devem ser fáceis de limpar. Um padrão de circulação de pessoas, resíduos (lixos), materiais limpos e produtos químicos deve ser estabelecido, a fim de se evitar a contaminação de áreas limpas. Locais onde há riscos de infecção, explosão, radiação ou outros perigos, devem ser sinalizados.
Os tipos de riscos aos quais um trabalhador é exposto são cinco: riscos físicos, químicos, biológicos, mecânicos ou ergonômicos. Dentre os riscos físicos mais conhecidos temos a exposição a ruídos, vibrações, pressões anormais, radiação e temperaturas extremas. Quando o trabalho envolve ácidos, bases, gases ou sais perigosos, há riscos químicos. No ambiente hospitalar e laboratorial existe a possibilidade de infecção por microrganismos, como fungos, vírus e bactérias, caracterizando o risco biológico. Trabalhos que envolvam esforço físico intenso, repetição, levantamento de peso, postura inadequada ou privação de sono, constituem risco ergonômico. Por último, os riscos mecânicos são aqueles relacionados ao uso de ferramentas defeituosas ou máquinas sem proteção, choque elétrico e até mesmo incêndios.
Para se evitar os riscos mencionados, os trabalhadores da área da saúde devem usar os EPIs (equipamentos de proteção individual), como máscaras, luvas, jalecos, óculos de proteção e toucas. O uso dos EPCs (equipamentos de proteção coletiva) também é necessário. Sua utilização evita acidentes que podem atingir todo os trabalhadores do local. Como exemplo, temos as cabines de biossegurança, que evitam que microrganismos de espalhem no ar; as capelas de exaustão, necessária durante o trabalho com substâncias químicas voláteis; e ainda os lava-olhos e chuveiros, que minimizam os danos causados por acidentes nos olhos e/ou face e em qualquer parte do corpo. Todos estes equipamentos são disponibilizados pela empresa.
Por último, mas não menos importante, é o descarte correto do lixo. Todo lixo contaminado com microrganismos deve ser descontaminado (com uso de autoclave, por exemplo) antes do descarte, a fim de se evitar que outros profissionais se contaminem. Esse tipo de lixo deve ser descartado em sacos brancos, próprios para esse fim. Substâncias químicas devem passar por destruição/neutralização, e em seguida descartadas em recipientes apropriados e identificados. Esse tipo de resíduo nunca deve ser jogado na pia. Já os materiais que têm capacidade de perfurar ou cortar, como vidros, agulhas e lâminas de bisturi, devem ser descartados em caixas rígidas, como as caixas Descarpack ®.
Todas essas ações, se tomadas em conjunto, facilitam o trabalho e minimizam os riscos inerentes à profissão. Então nada de manusear produtos químicos ou amostras de pacientes sem jaleco e luvas ein!?
Autora: Talita Piva– aluna do Curso de Farmácia e Laboratório (Ribeirão Preto)
Orientação: Professor Jefferson Elias
Euro Anglo Unidade Ribeirão Preto - SP
Segurança no trabalho para profissionais de saúde